A vassoura-de-bruxa (Moniliophthora perniciosa) é uma das doenças mais destrutivas do cacaueiro, afetando também o cupuaçu e outras culturas. Ela foi identificada pela primeira vez no Suriname em 1895 e se espalhou por diversas regiões da América do Sul, sendo endêmica em várias áreas produtoras de cacau. No Brasil, é particularmente devastadora nos estados do Amazonas, Bahia, Pará e Rondônia.
Sintomas e Danos
Os sintomas típicos da vassoura-de-bruxa incluem a formação de “vassouras” nos ramos, causadas pelo superbrotamento, onde os internódios dos brotos se encurtam, as folhas se deformam e há perda de dominância apical. Nos frutos, a doença causa deformação e apodrecimento, com lesões escuras e firmes, que prejudicam o desenvolvimento da planta e resultam em frutos pequenos e mumificados.
A doença pode causar perdas de produtividade de até 50%, comprometendo severamente a produção, especialmente em cacaueiros adultos. Embora as plantas raramente morram, a produção de frutos pode ser drasticamente reduzida.
Controle e Manejo
O controle da vassoura-de-bruxa envolve principalmente medidas culturais, como a poda de ramos infectados e a aplicação de fungicidas. Inspeções regulares nas plantações para identificar os primeiros sinais da doença são essenciais. Além disso, fungicidas podem ser aplicados no início da estação chuvosa para proteger as plantas e reduzir a produção de esporos. A remoção e destruição de “vassouras” mortas também são recomendadas, já que essas partes da planta podem continuar liberando esporos por mais de um ano