Coró-do-Trigo: A Praga Subterrânea que Devasta as Lavouras

O Coró-do-trigo (Phyllophaga triticophaga) é uma praga subterrânea que ataca as raízes das plantas de trigo, causando sérios danos às lavouras, especialmente em áreas de plantio direto. As larvas dessa praga se alimentam das raízes, sementes e parte aérea das plantas, resultando em perda de vigor, morte de plântulas e, em casos mais graves, queda de produtividade que pode ultrapassar 50%. O ciclo de vida do coró é longo, com a fase larval durando cerca de dois anos, o que faz com que os maiores danos sejam observados em anos alternados.

Identificação e Sintomas

As larvas do coró-do-trigo são brancas e curvadas em forma de “C”, e são encontradas próximas à superfície do solo, alimentando-se das raízes e prejudicando o desenvolvimento das plantas. Os sintomas mais comuns incluem plantas atrofiadas, com desenvolvimento reduzido, e a morte de plântulas, especialmente nos estágios iniciais da cultura. Manchas de infestação podem aumentar progressivamente se não forem controladas.

Manejo Integrado e Controle

O manejo do coró-do-trigo inclui estratégias de controle químico e cultural. A amostragem do solo é essencial para o monitoramento da população de corós, com a recomendação de trincheiras de 50 a 100 cm de comprimento para avaliar a densidade da praga. A densidade populacional considerada crítica é de 5 corós por metro quadrado.

  • Controle químico: O tratamento de sementes com inseticidas é a estratégia mais eficaz para controlar as larvas subterrâneas. Produtos à base de imidacloprido e tiodicarbe têm mostrado bons resultados em estudos recentes.
  • Rotação de culturas: Embora a rotação de culturas não elimine totalmente o coró, o uso de espécies mais resistentes, como a aveia-preta, pode minimizar os danos.
  • Monitoramento: O acompanhamento constante da área infestada, especialmente em anos de maior incidência, é crucial para o manejo eficaz. O revolvimento do solo, apesar de não ser compatível com o plantio direto, também é uma técnica que pode reduzir a população de corós ao destruir as larvas e ovos.

Essas estratégias ajudam a minimizar os impactos do coró-do-trigo, protegendo a lavoura e garantindo uma produção mais sustentável. Se precisar de mais detalhes sobre o controle químico ou a implementação de técnicas de manejo integrado, estarei à disposição!

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