O picão-preto (Bidens pilosa) é uma planta daninha de ciclo anual, bastante agressiva, amplamente disseminada nas áreas agrícolas do Brasil, especialmente em solos tropicais. Ele é uma das principais ervas daninhas que competem com as culturas por recursos como água, luz e nutrientes, reduzindo a produtividade das lavouras.
Características e Impactos
O picão-preto tem uma alta capacidade de adaptação e reprodução. Uma única planta pode produzir de 3.000 a 6.000 sementes, que germinam rapidamente após a maturação, permitindo de três a quatro gerações anuais. Esse ciclo acelerado aumenta sua capacidade de infestação e dificultando o controle.
Essa planta também tem resistência a vários herbicidas, incluindo o glifosato, o que se tornou um problema crescente para os agricultores. A resistência foi detectada pela primeira vez no Brasil em 1993. Esse fenômeno reforça a importância de uma abordagem integrada de manejo de plantas daninhas, incluindo rotação de culturas e uso de diferentes mecanismos de ação para herbicidas
Controle e Manejo
O controle efetivo do picão-preto requer o uso de medidas integradas, como:
- Herbicidas seletivos e rotativos para evitar a resistência;
- Adubação adequada, que ajuda a fortalecer a cultura e minimizar os danos causados pelo picão-preto
- Rotação de culturas e o uso de plantas de cobertura, que ajudam a reduzir o banco de sementes da planta no solo
- Monitoramento constante da lavoura para detecção precoce e prevenção da dispersão da planta daninha